segunda-feira, 5 de novembro de 2012

"Divus Augustus" ("Divino Augusto")


Todos caem, alguns afundam
em teu momento só
no teu desdém de orgulho,
e veja só...
tu mal consegues carregar
os fardos duros de tua existência
Meu menino, o que a de bom neste abismo profundo?
Pedras, lanho, recordação 
Ou o que tentas ver de olhos fechados
é só rancor, medo e ferida?
Por que Divus Augustus
no fundo do teu poço solitário não acharás o que tenho para ti
um gosto doce caramelado como flor que brota na pedra
Um beijo mais forte do que tudo que guarda com honra
Não tenhas medo, não te derrubes sozinho
de novo em tuas feridas
Escuta meu coração que veio a ti se abrir
e deixe que ele desencante, curado
Talvez volte a me ferir
sem que seja tu
O quanto me faz sorrir
principe de cabelos negros
Não sou tão doce quanto o mel 
Nem a princesa de contos de fadas
Mas uma Amazona Forte que peleia ao lado
passa árduos caminhos
terras, vento e espinhos 
Já dizia Neruda:
"Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres."

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