sábado, 27 de outubro de 2012

"o que o coração tem a ver com isso?"

Foi a frase mais inconsequente que li advinda de uma dessas criaturas que vagam por aí, e acham que criaram raízes.

Não moro em um lugar fixo por mais de 2 anos, à cerca de 18 anos.

Depois que saí do meio dos meus cavalos, do meio do mato, da "pureza da natureza", galinhas, patos, marrecos. Minha vida nunca mais se centrou.

Pensava que minha adolescência tinha sido uma merda (e realmente depois dos 15 foi), o que chamam hoje de bullying, na minha época não tinha nome, mas sofríamos igual.

Até que a lagarta, virou borboleta...

Até hoje tenho esse ódio que quero esquecer, renovando meus sentimentos, esquecendo amarguras.

Como eram maus. Meninas e meninos, que vem com a maior cara deslavada depois de 18 anos serem meus amigos no Facebook. Vão tomar no cu! A mão que bate esquece, mas a que apanha não!

Pela minha autoconfiança, autoestima que foi fodida, estuprada e todas as coisas que se pode fazer de mal com uma pessoa desde seus 7 anos, teve seu reflexo.

Me envolvi com pessoas que não mereciam meu amor. E ainda faziam pouco caso dele. E eu achava que devia "algo" a eles por me aceitarem (já que os apelidos de infância e adolescência gritavam nos meus ouvidos todo dia). Achava que devia gratidão daquelas almas.

Desde o "molóide" de minha mãe, ao "puta/vagabunda" de gente que eu daria a vida, meu cérebro foi tornando-se cético, odiador, impregnado de sujeira.

Demorou para limpar, mas já estamos botando ordem na casa.

O mundo e bom e nos dá presentes, minha filha.

E não tenho mais como citar alguém. Sinto falta de ter um companheiro, mas sou tão positivista que penso nos momentos bons que vivi, esqueço os ruins (por breves tempos).

Acredito na parceria, acredito no amor incondicional e sem correntes, sem amarras.

Mas está difícil acreditar em minhas próprias esperanças.

Não suporto solidão, mas adoro ficar sozinha acompanhada.

 


Nenhum comentário: